O psicólogo e escritor Gad Saad, autor de “A Mente Parasita”, argumenta que a ascensão de figuras políticas como Javier Milei e Donald Trump representa uma reação contra ideias consideradas corrosivas aos valores ocidentais. Saad critica correntes como o pós-modernismo, o construtivismo social e o vitimismo identitário, alegando que elas enfraquecem a meritocracia e fomentam um tipo de socialismo baseado em ressentimento e promessas utópicas.
Para o escritor, Milei e Trump se posicionam contra o comunismo, o socialismo e outras ideologias totalitárias. Ele expressa otimismo em relação às mudanças na Argentina desde a posse de Milei e valoriza o fato de Trump ter construído realizações concretas antes de entrar na política.
Saad também critica políticos de carreira que, segundo ele, buscam atuar no cenário político sem experiência prática. Argumenta que tanto políticos quanto acadêmicos podem se isolar em ambientes teóricos, defendendo ideias distantes da realidade. Por essa razão, ele apoia as ações de Milei e Trump e espera que o Canadá possa encontrar um líder com características semelhantes.
Em sua análise, o psicólogo utiliza conceitos da biologia e da psicologia evolucionista para entender como crenças se propagam e dominam sociedades, comparando-as a parasitas que influenciam o pensamento humano. Em “A Mente Parasita”, ele explora como ideologias podem manipular o pensamento e afastar as pessoas da realidade.
Seu próximo livro, “Empatia Suicida”, previsto para 2026, abordará políticas públicas que confundem compaixão com autodestruição. Saad acredita que a empatia, embora seja importante, pode se tornar excessiva e mal direcionada, gerando consequências negativas.
Apesar de ver em Trump e Milei uma resposta às ideologias que critica, Saad adverte que a eleição de líderes com esse perfil não é suficiente para reverter décadas de influência do politicamente correto. Ele ressalta que o mandato de Trump se encerra em 2028 e que um eventual presidente de esquerda poderia reverter os avanços. Para ele, erradicar essas ideias é um processo de longo prazo, que levará uma geração.
O psicólogo também incentiva a resistência individual à autocensura, considerada a maior ameaça à liberdade de expressão. Ele defende que as pessoas devem defender ativamente a realidade, o senso comum, a ciência, a razão, a lógica e as liberdades de pensamento e expressão, sem se intimidarem com possíveis represálias.
Com uma presença digital forte, Saad se tornou uma voz influente contra o politicamente correto, defendendo que o sucesso do Ocidente está ligado à defesa das liberdades individuais, ao mérito e ao pensamento crítico. Ele teme que a cultura da ofensa e o socialismo travestido de empatia possam levar à repetição dos erros de regimes que prometeram igualdade, mas resultaram em miséria.
Fonte: revistaoeste.com