A Polícia Federal (PF) foi acionada para investigar a origem e a possível rede de distribuição do metanol que resultou na intoxicação de pelo menos dez pessoas no estado de São Paulo. A solicitação partiu do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, após a confirmação de que o consumo de bebida adulterada é a causa das ocorrências.
Desde o início de setembro, três mortes foram registradas em decorrência da contaminação por metanol. A decisão de envolver a PF se justifica pelo potencial alcance da distribuição do produto tóxico para além das fronteiras de São Paulo.
Adicionalmente, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) foi incumbida de instaurar um inquérito administrativo para analisar o caso sob a perspectiva do direito do consumidor e definir as medidas cabíveis.
O ministro Lewandowski enfatizou que a adulteração de produtos e sua subsequente distribuição configuram crimes, previstos tanto no Código Penal quanto no Código de Defesa do Consumidor. Ele assegurou que o governo está tomando medidas enérgicas para identificar a origem do metanol e impedir a distribuição de produtos perigosos à saúde pública, em estreita colaboração com o Ministério da Saúde.
O governo do estado de São Paulo contabiliza, desde junho, seis casos confirmados de intoxicação por metanol, relacionados ao consumo de bebidas adulteradas. Atualmente, dez casos estão sob investigação, com três óbitos confirmados em São Bernardo do Campo e na capital paulista.
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave, com sintomas que incluem visão turva ou perda de visão, além de mal-estar generalizado, como náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese. Em caso de suspeita de intoxicação, é crucial procurar atendimento médico imediato e contatar centros de informação toxicológica. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os riscos de complicações e evitar o óbito.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br