Os preços das commodities alimentares no mercado mundial registraram queda em setembro, influenciados pela diminuição nos preços do açúcar e dos laticínios. Esse recuo compensou o aumento nos preços da carne, que atingiram um novo pico.
O Índice de Preços de Alimentos, que acompanha a variação de uma cesta de alimentos comercializados internacionalmente, apresentou uma média de 128,8 pontos em setembro, abaixo dos 129,7 pontos revisados em agosto.
Apesar da queda mensal, o índice mostra um aumento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, observa-se um declínio de quase 20% em comparação com o recorde alcançado em março de 2022.
O índice de preços do açúcar foi o que mais contribuiu para a queda geral, com um recuo de 4,1%, atingindo o nível mais baixo desde março de 2021. Essa diminuição reflete uma melhora nas expectativas de oferta, impulsionada por uma produção maior do que a esperada no Brasil e perspectivas favoráveis na Índia e na Tailândia.
O índice de preços de laticínios também apresentou queda, recuando 2,6% devido à diminuição acentuada nos preços da manteiga, em resposta ao aumento das perspectivas de produção na Oceania.
Os preços dos cereais registraram um leve declínio de 0,6% em relação a agosto. Os preços do trigo caíram pelo terceiro mês consecutivo, influenciados por colheitas abundantes e demanda internacional fraca. Os preços do milho também apresentaram queda, parcialmente pressionados pela suspensão temporária dos impostos de exportação na Argentina.
Por outro lado, o índice de preços da carne registrou um aumento de 0,7%, atingindo um novo recorde, impulsionado pela alta das cotações da carne bovina e ovina. Os preços da carne bovina atingiram um novo pico, sustentados pela forte demanda nos EUA e pela oferta doméstica limitada.
Fonte: forbes.com.br