Belo Horizonte sediou um encontro que reuniu figuras políticas, empresários e representantes do setor produtivo para discutir o futuro da economia brasileira e as condições necessárias para um ambiente de negócios saudável. O evento abordou temas cruciais como investimento, proteção de empregos e a importância da previsibilidade no contexto político atual.
O ex-presidente Michel Temer destacou que a estabilidade política é fundamental para o progresso do país, enfatizando a necessidade de segurança institucional e social para atrair investimentos. Ele mencionou que investidores estrangeiros frequentemente expressam preocupação com a instabilidade no Brasil, e superar essa percepção exige um amadurecimento das instituições e da democracia.
José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), salientou o papel do Sistema Comércio na defesa dos empresários e no apoio à sociedade, reforçando a importância de restaurar a confiança em meio à polarização política. Ele também enfatizou a necessidade de avanços na agenda econômica para liberar o potencial de consumo e investimento, apontando os juros altos como um dos principais obstáculos ao crescimento econômico e à geração de empregos.
Nadim Donato, presidente da Fecomércio MG, defendeu que a atividade produtiva deve ser o foco das decisões políticas e institucionais, alertando para os riscos de medidas que aumentam custos ou fragilizam as empresas. Ele também enfatizou a importância do diálogo contínuo entre governo, Congresso e sociedade civil.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ressaltou o momento positivo vivido pelo estado, com um crescimento acima da média nacional e uma economia mais diversificada.
O evento também discutiu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 8/2025, que propõe a redução da jornada semanal de trabalho para 36 horas. Empresários expressaram preocupação com o possível aumento de custos e a retração no mercado formal. Nadim Donato defendeu um modelo alternativo de contratação por hora trabalhada, negociado entre sindicatos laborais e patronais, para preservar a competitividade e atender às necessidades dos trabalhadores.
A mensagem final transmitida foi de que o futuro da economia brasileira depende da promoção do diálogo, da redução das tensões políticas e da adoção de soluções equilibradas para o mundo do trabalho. Estabilidade institucional, segurança jurídica e modernização das relações trabalhistas são apontadas como pilares para um ambiente favorável aos negócios e à prosperidade.