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D'Angelles Backes

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Um novo terremoto de magnitude 5,6 atingiu o Afeganistão, intensificando a crise humanitária que assola o país. O tremor, registrado às 22h26, horário local, teve seu epicentro localizado a 36 quilômetros a sudoeste de Asadabad, capital da província de Kunar, área já severamente afetada pelo sismo de domingo. A profundidade do tremor foi de 10 quilômetros.

O impacto imediato deste novo abalo na região fronteiriça com o Paquistão ainda está sendo avaliado, em meio a relatos de tremores contínuos nos últimos dias. O terremoto anterior, ocorrido no domingo, já havia deixado um rastro de destruição e sofrimento.

Os talibãs confirmaram um balanço de 2.205 mortos e 3.640 feridos em decorrência do terremoto de domingo, considerado o mais letal das últimas décadas no Afeganistão, um país que enfrenta anos de crises humanitárias agravadas por conflitos, desastres naturais e instabilidade econômica e social.

Quatro dias após o primeiro sismo, as operações de resgate prosseguem, embora as esperanças de encontrar sobreviventes sob os escombros diminuam a cada hora. A prioridade agora é a distribuição de ajuda humanitária em Kunar e nas demais províncias atingidas pelos tremores.

A entrega de ajuda enfrenta desafios crescentes devido aos novos tremores e às condições precárias das estradas de acesso à remota província de Kunar, muitas delas danificadas pelos sucessivos eventos sísmicos.

A situação colocou a capacidade operacional do governo talibã sob extrema pressão, mobilizando seus recursos, incluindo o envio de militares para a área afetada.

Em áreas onde o governo ainda não conseguiu chegar, a sociedade civil se organiza, com voluntários percorrendo longas distâncias a pé para alcançar as áreas mais afetadas, suprindo a falta de pessoal técnico e de emergência que deixou o país em grande número após a retomada do poder pelos talibãs em 2021.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o risco de surtos de doenças e fez um novo apelo por US$ 4 milhões para enfrentar as “imensas necessidades” após o terremoto. A ONU já liberou US$ 5 milhões em ajuda emergencial.

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