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D'Angelles Backes

A Polícia Científica de São Paulo realiza há anos um complexo processo para analisar bebidas suspeitas de adulteração. As garrafas apreendidas passam por rigorosas etapas, que vão desde a verificação de rótulos e lacres até sofisticados exames químicos para identificar e quantificar a presença de substâncias perigosas como o metanol.

O governo paulista enfatizou que este processo garante a robustez jurídica das investigações, contribuindo para a responsabilização dos envolvidos na falsificação. A criação de um gabinete de crise intensificou as medidas de combate à adulteração de bebidas, em resposta ao aumento de casos de intoxicação por metanol.

A força-tarefa, que conta com a participação da Polícia Civil, Secretaria da Fazenda, Procon-SP e vigilâncias sanitárias estadual e municipal, já interditou cautelarmente dez estabelecimentos no estado. Essas ações permitem a coleta de amostras de bebidas para análise e confirmação de contaminação por metanol.

O processo de análise começa com o registro das amostras no Instituto de Criminalística, após fiscalização ou apreensão policial. Em seguida, o Núcleo de Documentoscopia examina rótulos, selos e embalagens em busca de sinais de adulteração, utilizando equipamentos como o Comparador Espectral de Vídeo para detectar alterações em lacres e marcas de impressão.

Posteriormente, as garrafas são encaminhadas ao Núcleo de Química para análise laboratorial do líquido. As amostras são comparadas com padrões originais fornecidos pelos fabricantes, permitindo a detecção e quantificação da concentração de metanol.

O estado informou que o processo é contínuo, operando sete dias por semana para acelerar os resultados diante da gravidade dos casos recentes. O laudo técnico da polícia científica é o documento que confirma a falsificação da bebida e determina se o nível de metanol encontrado é prejudicial à saúde.

A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. Quando ingerida, a substância é metabolizada em produtos tóxicos que podem levar à morte. Os principais sintomas incluem visão turva ou perda de visão e mal-estar generalizado. Em caso de suspeita de intoxicação, é crucial procurar atendimento médico de emergência imediatamente e contatar os serviços de Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733. É importante alertar qualquer pessoa que possa ter consumido a mesma bebida.

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