O deputado Filipe Barros reacendeu o debate sobre o financiamento da Usaid nas eleições de 2022, ecoando um relatório anterior que detalhava a influência de agências do governo americano sobre instituições brasileiras. O relatório em questão, produzido pela Civilization Works, revelava uma complexa rede de conexões entre agências ligadas ao governo Biden, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e veículos de mídia de esquerda, por meio de ONGs, grupos de “checagem de fatos” e campanhas educativas contra notícias falsas e discursos de ódio.
De acordo com o levantamento, projetos como Fair Game, Comprova e DFRLab receberam recursos significativos com o objetivo de influenciar narrativas, censurar opiniões e orientar decisões de magistrados, alegadamente para fortalecer a democracia. Na prática, essa “cooperação” teria funcionado como uma estratégia política para garantir um resultado eleitoral favorável aos interesses do governo americano na época.
Essa situação levanta questionamentos sobre a postura de alguns políticos que, atualmente, criticam sanções americanas e defendem a soberania nacional. Anteriormente, esses mesmos indivíduos teriam se beneficiado de uma influência estrangeira mais profunda e decisiva, aplaudindo a “cooperação internacional” e cortejando fundações estrangeiras enquanto o Brasil se tornava um campo de testes para a governança global. Um exemplo citado é o de um ministro do STF que, em determinado momento, teria admitido publicamente ter buscado essa mesma influência externa.
A denúncia reacende o debate sobre o papel da influência estrangeira na política brasileira e a hipocrisia de discursos nacionalistas proferidos por aqueles que, no passado, se beneficiaram dessa mesma influência. A questão central reside na autenticidade do apreço pela pátria demonstrado por esses “soberanistas de ocasião”, que parecem recorrer à retórica nacionalista apenas para preservar seu poder.
Fonte: revistaoeste.com