Sir Richard Branson, aos 75 anos, acumula um patrimônio estimado em US$ 2,8 bilhões. Sua trajetória, no entanto, começou com investimentos modestos e alguns tropeços na juventude. Aos 19 anos, em 1970, Branson e seu amigo Nik Powell fundaram a Virgin Group, inicialmente uma empresa de venda de discos por correspondência.
A expansão da Virgin foi notável nas décadas seguintes. Lojas de discos, megastores e empresas de jogos foram apenas o começo. Em 1984, a Virgin Atlantic Airways decolou, transportando hoje 5,6 milhões de passageiros anualmente e gerando US$ 4,4 bilhões em receita. Branson diversificou seus negócios, criando a rede de academias Virgin Active, o aplicativo de apostas esportivas Virgin BET, a Virgin Mobile, a Virgin Hotels e a empresa de turismo espacial Virgin Galactic.
Nem todos os empreendimentos prosperaram. A Virgin Records, por exemplo, foi vendida em 1992 por US$ 1 bilhão para sustentar a Virgin Atlantic. Atualmente, Branson supervisiona 40 empresas Virgin, presentes em 35 países e empregando mais de 60 mil pessoas.
Branson recorda seus primeiros investimentos como experiências formativas. Um deles foi o cultivo de árvores de Natal com seu amigo Nik Powell. A ideia era usar o dinheiro de bolso para comprar mudas, esperando um lucro considerável com a venda das árvores crescidas. O plano, porém, foi frustrado quando coelhos comeram a maior parte das mudas.
Outra tentativa foi a criação de periquitos. Um viveiro foi construído, e as aves se reproduziram rapidamente. No entanto, a demanda local não acompanhou a oferta. A situação se complicou quando ratos invadiram o viveiro e comeram os periquitos.
Apesar dos prejuízos, Branson considera essas experiências cruciais. Ele aprendeu que “dinheiro não cresce em árvores” e que o fracasso é parte do caminho para o sucesso. A experiência com as árvores de Natal o ensinou o valor do pensamento de longo prazo e a importância da paciência e persistência. A parceria com Nik Powell também se mostrou valiosa, culminando na criação da Student e da Virgin Records.
Questionado sobre conselhos para seu eu mais jovem, Branson incentivaria a ousadia e a confiança nos instintos. Ele ressalta a importância de aprender com os fracassos e focar na construção de empresas que gerem impacto positivo. Sua estratégia de investimento atual envolve decisões ousadas, mas com maior atenção à gestão de riscos e à diversificação.
Fonte: forbes.com.br
