Jovens pesquisadores de nove nações se reúnem no Rio de Janeiro para participar da Escola de Verão 2025 do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO), que acontece de segunda (8) a sexta-feira (12).
O curso, que tem como tema “Fundamentos de modelagem numérica e análise de dados: aplicação em estudos de resiliência costeira”, oferecerá uma experiência de aprendizado interativa, combinando palestras, discussões em grupo e exercícios práticos. Os participantes também terão a oportunidade de visitar laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O INPO destaca que a Escola de Verão é uma oportunidade valiosa para pesquisadores em início de carreira explorarem conceitos-chave de modelagem numérica e suas aplicações, visando a compreensão e previsão de processos costeiros. A organização enfatiza que, utilizando o Brasil como caso de estudo, os participantes poderão entender e testar técnicas práticas aplicáveis em diversas localidades. Os jovens cientistas atuam em áreas como Oceanografia, Matemática e Engenharia, com foco em questões oceânicas.
As aulas serão ministradas por professores do Brasil e do exterior, incluindo Nadia Pinardi, pesquisadora da Universidade de Bolonha (Itália), reconhecida por sua atuação no Programa CoastPredict, que visa estabelecer sistemas de alerta precoce para múltiplos perigos associados ao oceano e às mudanças climáticas.
Segundo Janice Trotte-Duhá, diretora de Infraestrutura e Operações do INPO, os esforços dos participantes “desempenharão um papel fundamental na orientação de práticas sustentáveis e de planejamento oceânico, em seus respectivos países”. A diretora ainda complementa, afirmando que o objetivo é demonstrar aos jovens profissionais as potencialidades dos modelos numéricos, através da utilização de sistemas projetados globalmente, mas implementados localmente nas distintas regiões costeiras do planeta.
Durante o curso, especialistas convidados realizarão palestras sobre modelagem de ponta e iniciativas na temática da resiliência costeira, além de propor exercícios práticos com bancos de dados oceanográficos e atmosféricos.
A iniciativa é coorganizada pelo INPO e pelo Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (LAMCE) da UFRJ, em parceria com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e em atendimento às atividades previstas pelo Projeto Okeano, principal elemento da Aliança Atlântica para a Pesquisa e Inovação (AAORIA).
O Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) é uma organização social vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), dedicada à pesquisa e desenvolvimento do oceano, contando com uma rede de mais de 1,4 mil pesquisadores ligados às principais universidades e institutos de pesquisa do país.