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D'Angelles Backes

Reuters
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A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos deve interromper pagamentos cruciais para agricultores, agravando a situação de produtores que já enfrentam dificuldades com a queda nos preços das safras, dívidas elevadas e tensões comerciais.

O impasse político, que se iniciou à meia-noite da última quarta-feira, impede que republicanos e democratas cheguem a um consenso sobre o financiamento das operações governamentais. A paralisação persistirá até que um dos partidos conquiste votos suficientes para aprovar seu plano de financiamento.

A dimensão do impacto sobre o setor agrícola começa a ser dimensionada. Pequenas interrupções nos pagamentos podem intensificar a turbulência econômica vivenciada pelos agricultores.

Durante a paralisação, um número considerável de funcionários federais é dispensado temporariamente, e diversas atividades são suspensas. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já licenciou aproximadamente metade de sua equipe, composta por 85.907 pessoas.

Embora o USDA mantenha algumas operações consideradas essenciais, como a gestão de programas de nutrição e inspeções de alimentos, grande parte de seu trabalho será interrompido. Isso inclui o processamento de empréstimos agrícolas e a realização de pagamentos aos agricultores, incluindo bilhões de dólares em auxílio para desastres.

O governo e o USDA atribuem a culpa da paralisação aos democratas, alegando que bilhões em ajuda para desastres estão impedidos de chegar aos agricultores. Em contrapartida, os democratas argumentam que a responsabilidade recai sobre os republicanos, que detêm o controle das duas Casas do Congresso e da Casa Branca.

O cenário econômico já é delicado para os agricultores. A disputa comercial com a China resultou no desvio das compras de soja para o Brasil. As safras recordes de milho tendem a derrubar os preços, enquanto os custos de insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, estão em alta.

O momento da paralisação é particularmente preocupante, pois muitos agricultores dependem dos empréstimos do USDA para financiar maquinário, fertilizantes e outras despesas na época da colheita. Produtores que planejam a próxima temporada de cultivo também podem enfrentar dificuldades, especialmente aqueles que buscam adquirir terras com empréstimos da de Serviços Agrícolas (FSA) do USDA.

Fonte: forbes.com.br

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