A Petrobras planeja investir cerca de R$ 2,6 bilhões na Bahia, conforme anúncio feito pela presidente da companhia, Magda Chambriard. O montante será destinado a encomendas para o setor naval e para a produção de fertilizantes no estado.

A maior parte do investimento será direcionada à contratação da construção de seis navios de apoio no Estaleiro Enseada, localizado em Maragogipe (BA). Adicionalmente, a Petrobras prevê um aporte de R$38 milhões para cada uma de suas fábricas de fertilizantes nitrogenados do Nordeste, incluindo unidades na Bahia e em Sergipe.

A escolha do Estaleiro Enseada para a construção dos navios ocorreu em setembro, após um processo de diversificação de fornecedores. A retomada das atividades do setor naval no Brasil é uma das prioridades do governo.

A Petrobras planeja lançar um novo edital para a contratação de mais quatro barcos de apoio entre outubro e novembro, totalizando 48 barcos de apoio contratados ou com editais em andamento até o final do ano.

Ainda sobre o setor de fertilizantes, Chambriard informou que as fábricas (Fafens) do Nordeste passarão por manutenção e deverão retomar a produção de ureia e Arla no início de 2026. A Petrobras assinou um contrato de operação e manutenção com a Engeman, com duração de até cinco anos, no valor de aproximadamente R$1 bilhão, visando a retomada das operações nas fábricas da Bahia e de Sergipe.

As unidades haviam sido paralisadas pela Unigel em 2023, devido aos altos preços do gás natural no Brasil, que inviabilizavam a operação lucrativa. Segundo Chambriard, o aumento da oferta de gás viabilizou o retorno das operações das Fafens, permitindo a redução dos preços.

Além dos investimentos anunciados, será assinado um protocolo de intenções para estudos de viabilidade da utilização do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu como área para acostamento de plataformas da Petrobras em processo de descomissionamento.

Fonte: forbes.com.br