A fintech britânica Revolut intensifica sua expansão global com a chegada à Argentina, um mercado chave na América Latina. Este movimento estratégico faz parte de um plano de investimento global de US$ 13 bilhões (R$ 70,72 bilhões) nos próximos cinco anos, visando consolidar a posição da empresa como líder em serviços financeiros.
Com a ambição de alcançar 100 mercados e 100 milhões de clientes, a Revolut já possui 65 milhões de usuários em 50 mercados e planeja expandir para mais 30 nos próximos anos. A empresa inaugurou recentemente novas sedes em Londres e estabeleceu quatro pilares para seu crescimento: expansão internacional, inovação de produtos, crescimento do Revolut Business (serviços bancários B2B) e alianças estratégicas.
Além da Argentina, a Revolut mira em mercados como México, Colômbia, Índia, África do Sul e Emirados Árabes Unidos, com planos de operar como banco no México já no próximo ano. A empresa já está presente no Brasil há dois anos.
Para entrar no mercado argentino, a Revolut adquiriu o Banco Cetelem Argentina e aguarda a aprovação do Banco Central para a mudança de controle. Enquanto isso, a empresa está formando sua equipe local, com vagas para cargos de liderança, e abrindo uma lista de espera para futuros usuários. A instalação de escritórios físicos em Buenos Aires também está em andamento.
Agustín Danza, CEO da Revolut na Argentina, destaca o potencial do país, com seu alto nível de educação financeira e busca por novas formas de proteger a economia. A empresa pretende oferecer desde serviços bancários diários até investimentos e opções voltadas ao estilo de vida, incluindo soluções para o universo cripto, conforme a regulamentação permitir.
Ignacio Zunzunegui, diretor de marketing da Revolut para a América Latina e o sul da Europa, enfatiza a vantagem competitiva da empresa, especialmente entre argentinos que residem no exterior e já conhecem a marca.
A Revolut se prepara para enfrentar a concorrência de grandes players como Nubank, Mercado Pago e Ualá. A empresa acredita que sua proposta integral de produtos e sua solidez financeira lhe darão o fôlego necessário para competir na região. A empresa mira em um mercado de mais de 450 milhões de pessoas na América Latina, o equivalente à União Europeia.
Fonte: forbes.com.br
